Paços de Ferreira está para o móvel como Campo de Ourique está para as lojas de bairro. Não há rua neste bairro sem uma montra que convide a entrar e que não desperte o gastador que existe dentro de cada um. Decoração para todos os gostos, moda de luxo em segunda mão e muitas lojas de criança é o que pode encontrar pelas ruas do bairro. Apanhe um autocarro ou o eléctrico para não ter de se enervar com o estacionamento, que não é coisa fácil por estas bandas, e descubra as melhores lojas de Campo de Ourique.
São cada vez mais as pessoas a abraçar o conceito de selva urbana nas suas casas. Mais do que uma loja, a Plantae quer ser um ateliê botânico, que vende e ensina os clientes, que dá assistência às plantas e ainda faz nascer novos rebentos. A zona mais ampla do espaço, logo à entrada, tem muita luz e é onde está a maior parte das plantas e vasos em exposição.
Logo depois de duas arcadas vislumbram-se charriots com plantas penduradas e outras tantas empilhadas numa segunda sala, que tem também aquilo a que chamam maternidade, uma oficina criativa à disposição dos clientes com terra, vasos e materiais, quer seja para gerar novos rebentos ou para replantar espécies.
A terceira zona da loja, mais ao fundo, vai acolher uma biblioteca botânica com livros e revistas técnicas. É neste cantinho que os sócios querem também fazer ateliês, em jeito de tertúlias, com parte prática na oficina. Além das vendas, fazem ainda projectos de arquitectura paisagista, consultoria e manutenção de plantas em interiores ou em jardins e espaços verdes, sejam em casas ou empresas.
A arte, a arquitectura e o design entram num bar...perdão, numa loja. É a Banema. O espaço tem uma clara divisão entre o Banema Lab e o Banema Studio, que se encarrega de formar família com marcas e artistas peculiares, capazes de produzir peças que transformam qualquer espaço onde estejam. Alguidar Knit, Christian Haas, Design House Stockholm, Earl of East London, Ferm Living, Gestalten, Hay, La Bruket, Rival, Util, Vicara, Onno ou Kreafunk são algumass das etiquetas (portuguesas e internacionais) que pode encontrar na loja de Campo de Ourique.
Depois de mais de dois anos a venderem exclusivamente online, a clientes finais mas também para lojas em toda a Europa, o negócio de Marta Vieira e Bram Vingerling ganhou uma porta aberta para a rua. Agora instalada em Campo de Ourique, a Uma Cantik é uma montra do artesanato vindo do outro lado do mundo, mas não só.
O casal, ela uma portuguesa do universo da gestão e ele holandês especializado em direitos humanos, pararia depois em Bali onde o apelo do artesanato falou mais alto. Quando deram por eles, tinham um contentor cheio de peças a caminho de Portugal. "Conhecemos os fornecedores locais e criámos relações com as cooperativas familiares", afirma Marta.
Mas os detalhes das peças e os pedidos para vê-las ao vivo acabaram por ditar a abertura da primeira loja. Os abat-jours em palhinha e as decorações de parede feitas com alang alang (vegetação que, depois de seca, é usada em artigos de artesanato) são os grandes sucessos de vendas, mas neste bazar encontramos muito mais opções de decoração: estatuetas em pedra, taças e tigelas em madeira ou casca de coco, um sortido de caixas revestidas de missangas e uma selecção de cerâmicas marroquinas alinhadas com o registo das restantes escolhas.
Tudo aquilo em que tocamos pode ser levado para casa — o lema impera entre os artigos, na maioria, feitos à mão: velas, vidros soprados, candeeiros de papel, mobiliário, mantas, joalharia, estacionário, têxteis e tapetes, entre outras opções de decoração. Hayet Graham é a curadora de serviço. Depois de uma primeira experiência como turista, trocou Londres por Lisboa e canalizou a formação em Arte para montar o próprio negócio.
Hayet define o espaço como uma "loja viva", onde todos os autores são bem-vindos e as novidades vão chegando, não fechando a porta a encomendas especiais e criações à medida de cada cliente. Há um critério decisivo: seleccionar só artesãos que trabalham de forma sustentável, com produtos recicláveis e que envolvem a comunidade local. Destaque para nomes como Paola Navone, João Maria Bernardino e Martinho Pita e para etiquetas como a Caravane, marca francesa de têxteis e decoração pela primeira vez em Portugal, mas também Wewood, Saudade Design e Sopro Jewellery.
A Chasing Rabbits nasceu como uma loja de discos de vinil, mas com livros e petiscos à mistura. A ideia de aliar todas estas áreas partiu de Bruno Brites e Ana Pedroso, que no final de 2019 viram materializado o sonho de abrir o próprio. A selecção de discos de vinil- novos e usados- abrange os géneros pós-punk, new wave, indie rock, rock alternativo e electrónica. Das prateleiras em aço corten saltam os clássicos, como Kraftwerk, David Bowie ou Velvet Underground, mas também os mais recentes, como Metronomy, Arcade Fire ou Angel Olsen.
O destaque vai para as edições especiais, covers e singles, mais difíceis de se encontrar. Os livros, todos sobre música, são uma continuidade dos discos. A Chasing Rabbits quer também ser o ponto de encontro de várias iniciativas culturais, incluindo apresentações de livros e showcases. A cafetaria tem vários petiscos, ideais para um almoço leve ou um lanche reforçado. Há propostas fixas, como bolos, tostas, sandes e taças de iogurte, além de um menu rotativo com receitas especiais.
Um três em um improvável: loja, café e cabeleireiro. O projecto de Natasha Cálem é sustentável e amigo do ambiente, e isso prova-se pelas marcas que escolhe para ter lá: é o caso das garrafas da Dopper, as roupas da Jenest, os brinquedos da Oli&Carol ou as capas da Insane in The Rain – muitas opções para o universo infantil, mas com especial atenção à cosmética bio da The Ohm Collection e da Davines (marca usada no cabeleireiro). Aqui o cortam-se cabelos de adultos e crianças, e se cortarem mais de 17 cm a Pikikos envia o cabelo para a Little Princess Trust, para ser aproveitado para perucas de crianças e adolescentes. Pelo meio, pare para beber um café especial.
Esta nova morada resulta da união de esforços de duas marcas portuguesas, a B.Simple e a Maray. O resultado está à vista: uma loja, que apesar de pequena, quer tornar-se uma paragem obrigatória para quem segue no encalço de etiquetas 100% nacionais. De um lado, o guarda-roupa feminino e confortável da B.Simple. Do outro, os sapatos que não poupam na cor e nos padrões, cortesia da Maray.
Nasceu em 2014, no Porto, mas acabou por descer até Lisboa e abrir uma loja em Campo de Ourique. Esta marca de decoração portuguesa não escolheu o bairro por acaso — é nele que ainda encontramos muitas boutiques multimarca (e não só) recheadas de artigos para a casa. As almofadas são uma especialidade, como o próprio nome indica, mas o catálogo inclui candeeiros, tapetes, mobiliário, telas e cerâmicas. Tudo fruto da curadoria da fundadora, Maria João Parente.
As atenções estão todas nelas, todas catitas em charriots, cada uma de sua nação e com tecidos vindos directamente da Índia para Campo de Ourique. Falamos de camisas, a estrela da Otherwise, que quer homens e mulheres a desfilar com atitude na calçada portuguesa. Manuel Ochoa abriu a loja numa das laterais do Mercado de Campo de Ourique para dar casa à marca criada em 2017.
As camisas são desenhadas em Portugal e feitas numa fábrica local na Índia, com tecidos indianos. Há três modelos de camisas para deitar o olho: a de manga comprida, a de manga curta básica e outra também de manga curta mas se botões no colarinho. Coloridos ou mais discretos, os padrões são únicos e irrepetíveis: há para todos os gostos, feitios e usa quem quer, homem ou mulher.
Era entrar, pedir para embrulhar tudo, enfiar numa carrinha de mudanças e levar para casa. Tão simples quanto isto. A loja de decoração Gavetão, com soluções originais para todas as divisões, não facilita só a vida a quem pensa em mudar o visual da casa mês sim, mês não. Mesmo para quem não está para aí virado, há detalhes que fazem toda a diferença: armários em forma de animais, loiças com missangas, vinis para a parede com mensagens originais e até almofadas fluorescentes, para quem tem muito medo do escuro.
Um dia, esta loja de artigos em segunda mão fez as malas. Do Monte Estoril mudou-se para Campo de Ourique, onde reside até hoje. Quem se interessa por achados vintage das grandes maisons internacionais já sabe a que porta deve bater. Chanel, Gucci, Prada e Louis Vuitton são algumas das etiquetas que chegam a Lisboa pelas mãos de Monique Gealland. Autênticos investimentos, sobretudo no que toca a malas e carteiras, que trazem consigo uma boa dose de história. Atualmente, o espaço funciona como showroom a abre apenas por marcação.
Se uns podem deixar a modéstia à parte e dizer que têm o melhor bolo de chocolate do mundo, então porque é que o Atelier da Tufi não há-de poder afirmar que é a loja mais querida do bairro? Este foi, aliás, o #hashtag que este espaço em Campo de Ourique usou em tempos em todas as imagens partilhadas no Instagram, com os seus tecidos de padrões coloridos, as suas bandeirolas para pendurar na parede, os cestos de arrumação floridos, as almofadas personalizadas com letras, símbolos ou números, e os quadros com mensagens divertidas. Há lá coisa mais querida do que esta.
Foi exactamente no campo (mais propriamente em Campo de Ourique) que esta loja de decoração que mistura mobiliário rústico com peças contemporâneas, clássicas e étnicas nasceu. Já esteve espalhada por Lisboa até ter voltado a concentrar as suas propostas de interiores no bairro onde tudo começou. Dos móveis à cestaria, dos candeeiros às mantas, almofadas e tapetes, o catálogo continua a estar disponível nesta montra com quase 30 anos.
Os proprietários da Ursinho a Galope concretizaram um sonho antigo quando abriram esta pequena loja de brinquedos onde não há tablets, jogos electrónicos ou ídolos infantis dos tempos modernos. Em vez disso, nas prateleiras esperam-no casinhas de madeira, cavalos de baloiço, peluches, puzzles, caixas de música e berlindes. Tudo para que os mais pequenos possam descobrir (ou recordar) como é brincar à moda antiga.
Estes livros não são para ler: são para brincar, desafiar, desdobrar e interagir. Não são para adormecer: são para despertar a mente para coisas novas, excitar os olhos com cores e ilustrações, acordar o cérebro com exercícios divertidos e marcá-lo com histórias inesquecíveis. E nem sequer são apenas livros: na Edicare há puzzles e cubos, bonecos e autocolantes, jogos para ler e entreter a partir dos zero anos. O destino ideal para compor a biblioteca do quarto dos miúdos, comprar um presente original ou as duas coisas ao mesmo tempo.